É de justiça e política, e das ligações perigosas entre ambas as esferas, que a atualidade se continua a escrever. Madureira, o todo poderoso Super Dragão, foi detido e começou hoje a ser ouvido em tribunal. Miguel Albuquerque, implicado noutro mediático caso judicial, foi finalmente demitido.
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Com atraso de várias horas, devido a um problema técnico, Fernando Madureira começou a ser interrogado no Tribunal de Instrução do Porto no âmbito da Operação Pretoriano. Principal arguido do processo, o líder da claque dos Super Dragões é o último a ser ouvido, entre os sete que manifestaram vontade de falar. "Macaco", como é conhecido, é suspeito de ter premeditado e operacionalizado o silenciamento das vozes da oposição interna durante a assembleia geral (AG) extraordinária do F. C. Porto em novembro passado. O Ministério Público estará agora na posse de novas provas que alegadamente o incriminam. São as mensagens de áudio, de vídeo e escritas que foram apreendidas nos telemóveis de quatro dos arguidos. Esses conteúdos, que provêm da primeira peritagem feita aos equipamentos de Vítor Catão ou de Fernando Saul, além de Tiago Aguiar e de outro arguido, atestarão da premeditação do uso de violência para calar os opositores durante a AG.
Fernando Saul, outro dos 12 suspeitos, foi novamente interrogado. O funcionário do clube já tinha prestado declarações ao juiz de instrução na sexta-feira à noite e voltaria ao tribunal durante a tarde de sábado, quando foram juntas aos autos do processo as transcrições dos telemóveis de alguns dos detidos da Operação Pretoriano. Para a sua advogada, tal não significa que a situação do seu cliente esteja comprometida face à presença de novos elementos de prova no processo. "Se as provas poderão dificultar a situação? Entendo que não. O Fernando Saul teve de voltar cá, porque entendemos que devia de voltar. Motivos? Ele teve apenas de vir fazer um esclarecimento, mas não vou falar sobre o processo", enquadrou Cristiana Carvalho.
Neste mesmo dia, a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) pediu informações à Direção Nacional da PSP sobre a forma como atuaram os polícias durante as buscas realizadas à casa do presidente dos Super Dragões, em Gaia, no âmbito do inquérito em que se investigam os incidentes na assembleia geral do F. C. Porto. Uma das filhas do líder dos Super Dragões relatou que a família acordou na manhã de 31 de janeiro com "gritos da polícia e com arrombamentos das portas, inclusive com armas apontadas". "Fomos tratadas de uma forma agressiva por parte dos agentes que se encontravam lá, que eram vários. Fomos revistadas, inclusive uma criança de 13 anos. Fomos obrigadas a despir-nos, a sermos completamente revistadas dentro da nossa própria casa", descreveu numa entrevista dada à TVI.
Também na cidade do Porto, foi conhecida hoje a sentença de um caso de violência na noite. Fernando Castro, 46 anos, foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão pelos crimes de homicídio na forma tentada agravado e posse de arma ilegal. O juiz valorou os antecedentes criminais do arguido para não suspender a pena. O advogado do arguido vai recorrer.
Os factos remontam a 11 de março de 2023, na Rua da Alegria, no Porto. Segundo a acusação, Fernando, para vingar as agressões sofridas à porta da boate, entrou no “Granada Night Club” de pistola em punho e com a intenção de matar todos os que, momentos antes, o tinham atacado. Entre pessoas a fugir e a esconderem-se onde era possível, baleou o gerente do espaço de diversão noturna e um dos clientes.
E em Évora, três dias depois de se ter apresentado para cumprir a pena de seis anos e oito meses de prisão por corrupção e outros crimes, eis que Orlando Figueira foi libertado. Afinal, a sentença não tinha transitado em julgado e o ex-procurador caído em desgraça foi libertado. Para quem não consegue acompanhar tantos casos judiciais, recorde-se que Orlando Figueira foi condenado pelo Tribunal Criminal de Lisboa, em dezembro de 2018, por ter sido indiretamente subornado por Manuel Vicente, ex-vice-presidente de Angola, para arquivar, em 2011, dois inquéritos com este relacionados. Manuel Vicente chegou a ser igualmente arguido na Operação Fizz, mas o inquérito acabou por ser remetido para Angola e está atualmente em fase de investigação.
Depois da queda do anterior Governo regional dos Açores, as eleições de domingo perspetivam nova turbiulência. Na ressaca dos resultados que ditaram uma vitória da coligação do PSD, CDS e PPM (que conseguiu 26 dos 57 lugares do Parlamento regional) mas sem maioria absoluta, uma derrota do PS (que não foi além dos 23, perdeu dois) e o Chega saiu reforçado (passou de dois para cinco), há vozes dissonantes no PS sobre a viabilização, ou não, do Governo minoritário de Direita. Ao assumir que não fará alianças com o Chega, José Manuel Bolieiro deixa agora a pressão do lado do PS. Hoje, Luís Montenegro recusou falaer sobre cenários. "A AD conta com os portugueses e com o apoio que é cada vez mais sentido, mais expressivo da população para podermos ter as condições de governabilidade que só no dia das eleições são asseguradas por via do voto dos portugueses", disse o líder social-democrata.
O representante da República para os Açores, Pedro Catarino, prevê ouvir os partidos políticos com representação na Assembleia Legislativa nos dias 19 e 20 de fevereiro, depois de publicados os resultados oficiais das eleições regionais de domingo.
Na Madeira, a queda está formalizada. A demissão do presidente do Governo Regional da Madeira foi oficialmente aceite esta segunda-feira pelo representante da República. Mas Miguel Albuquerque vai continuar em funções e o próximo ato eleitoral só se perspetiva para daqui a vários meses. "As eleições antecipadas só lá para o verão e nós temos de assegurar a gestão da região. Não é possível o presidente da República convocar antes do dia 24, se houver assembleia. Isto faz com que o novo Governo só tome posse lá para o fim do verão e a região fica sem Governo e sem orçamento este tempo todo, ora, isso não é possível", considerou Miguel Albuquerque, um dos nomes investigados no âmbito de uma operação da Polícia Judiciária a uma alegada teia de interesses e corrupção com epicentro na adminisgtração daquela ilha.
Mais do que uma queda inglória, parece ser o enterro político de Albuquerque. É o próprio quem o assume: "É possível que seja o fim da minha vida ativa política, mas eu já tive uma vida política ativa bastante tempo. 19 anos na Câmara, nove anos no Governo da Madeira e fiz tudo para servir o povo que represento. Tenho de continuar a trabalhar, só tenho 62 anos".
Quem continua em ascensão é Taylor Swift, que não se cansa de bater recordes. Na 66.ª edição dos prémios da Academia de Artes e Ciências de Gravação, tornou-se na primeira artista a vencer o Grammy de Melhor Álbum pela quarta vez, com a consagração de "Midnights". Até agora, apenas três artistas, todos homens, tinham conseguido arrebatar o Grammy de Álbum do Ano três vezes: Frank Sinatra, Paul Simon e Stevie Wonder. Super Swift já tem quatro na sua prateleira dourada. A noite de todas as estrelas foi também marcada por uma aparição imprevista. Celine Dion, que tem estado retirada dos palcos devido à síndrome da pessoa rígida, entregou o prémo a Taylor, num dos momentos altos da cerimónia. “Obrigada a todos, também vos amo. Quando digo que estou feliz por estar aqui, estou a falar a sério, de coração“, agradeceu emocionada a cantora de “My Heart Will Go On”.
Imparável também, e igualmente estratosférico, continua CR7 que completou hoje 39 anos. Sem dar sinais de abrandamento, Cristiano Ronaldo continua esfomeado de golos e títulos. Este pode ser o ano em que chega à marca dos 900 golos. Neste momento, o melhor jogador da seleção conta 873 tentos, é fazer as contas. Só faltam 27 para atingir mais uma marca mágica. Por outro lado, a mais do que provável qualificação de Portugal para o Euro 2024 poderá significar a a sexta presença de CR7 em fases finais de europeus. Veja AQUI o vídeo com a reação do jogador à surpresa em dia de aniversário.