Da "coligação negativa" para as pensões ao míssil destruidor de Putin
O dia ficou marcado por decisões que mexem com o bolso dos portugueses. Foi aprovado o aumento de 1,5% nas pensões até 1527.78 euros, numa "coligação negativa" entre PS e Chega. E a AD reverteu o corte no salário dos políticos. No plano internacional, a atenção foi para Putin que ameaça atacar Kiev com um novo míssil.
Corpo do artigo
Está assim confirmado o aumento extra, mas permanente, de 1,25 pontos percentuais nas pensões até três IAS, que se vai somar à atualização regular em janeiro em 2025 contra a vontade do Governo, que deixa, por sua vez, em aberto a atribuição de um novo suplemento para as pensões mais baixas. A AD perdeu este braço de ferro, após ter conseguido uma vitória, na terça-feira, com a aprovação da redução da taxa do IRC.
O Parlamento aprovou igualmente a polémica proposta para a reversão do corte de 5% dos vencimentos dos políticos, com os votos contra do Chega, IL, Livre e BE, a abstenção do PCP e votos a favor dos restantes.
Por sua vez, o Conselho de Ministros decidiu aumentar o salário mínimo nacional para 870 euros, mais 50 euros do que o valor atual, a partir de 2025.
Outro assunto que dominou a política nacional foi o investimento em viaturas para PSP e GNR, com os partidos da Oposição a exigir esclarecimentos a Luís Montenegro.
As presidenciais também continuam a ser tema. O almirante Gouveia e Melo, apontado como um dos possíveis candidatos a Belém, já confirmou que está indisponível para continuar mais dois anos na chefia do Estado-Maior da Armada e deverá dedicar-se às eleições de janeiro de 2026. Já o socialista António José Seguro, outro presidenciável, vai ser o ator principal de um almoço promovido por membros de várias obediências maçónicas em Portugal, em Cascais, no dia 14 de dezembro.
Ainda no plano nacional, um surto de legionela obrigou a encerrar instalações nas estações ferroviárias de Beja e Cuba. E o Governo revelou que irá lançar um concurso público para a Tapada do Outeiro, em Gondomar.
A política internacional foi dominada pelo presidente russo, Vladimir Putin, que admitiu a hipótese de ordenar um ataque à capital ucraniana, Kiev, com o seu míssil experimental hipersónico de alcance intermédio "Orechnik", descrevendo-o como uma arma terrivelmente destrutiva.
d