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Sexta-feira de reações às duas principais notícias que marcaram a noite de ontem: a eleição de António Costa para o cargo de presidente do Conselho Europeu e o adeus ao leão indomável Manuel Fernandes, "herói de várias gerações".
A primeira-ministra italiana, Georgia Meloni, foi a única a votar contra o anterior chefe de Governo português, defendendo mesmo que a escolha das lideranças foi "errada no método e na substância", mas Costa reagiu com naturalidade. "Todos têm as suas ideias políticas e, portanto, manifestam-se de acordo com essas preferências", sublinhou, garantindo que pretende colaborar com Meloni de forma bastante próxima. O jornalista Abílio Ribeiro explica-lhe ao pormenor as duas missões assumidas pelo socialista, no rescaldo da nomeação.
De resto, a ascensão europeia de António Costa reuniu aplausos. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, mostrou-se entusiasmada com a eleição, falando mesmo numa "grande equipa", e Charles Michel, que dará lugar ao português, disse esperar uma transição "perfeita" da pasta, elogiando-lhe a experiência e o conhecimento dos dossiês.
O legado eterno de Manuel Fernandes foi outro assunto do dia, merecendo homenagens de Marcelo Rebelo de Sousa, Cristiano Ronaldo, José Mourinho e do presidente dos leões, Frederico Varandas, que assumiu um coração sportinguista desfeito.
Na Justiça há troca de alfinetadas, depois de a ministra Rita Júdice ter defendido que é preciso fazer mudanças numa Procuradoria-Geral da República (PGR) com a credibilidade fragilizada. Abordado pelos jornalistas, o presidente da República esquivou-se ao tema, dizendo apenas que uma reforma na área tem de assentar em propostas concretas, "sem vinganças".
A norte, boas notícias: o metro já circula até Vila d'Este, em Gaia, e, durante o fim de semana, todos os passageiros poderão viajar gratuitamente nesse prolongamento da Linha Amarela. A viagem inaugural foi acompanhada pela jornalista Adriana Castro, que lhe conta os detalhes aqui.
O roteiro do dia termina com um apelo à solidariedade na classe profissional que, não querendo ser notícia, tem de o ser. O Sindicato dos Jornalistas convocou todos os profissionais para uma vigília solidária com os colaboradores da Global Media Group (GMG), que têm pagamentos em atraso desde abril. O encontro, agendado para 3 de julho, tem a nobre missão de mostrar, uma vez mais, que os jornalistas não são recibos nem fornecedores, são pessoas, com um papel diário fundamental para a verdade e para a democracia.
Obrigada por estar desse lado.
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