Com a noite de Halloween à porta e até com os céticos, dita a sabedoria popular transfronteiriça, a não excluírem que as bruxas existam, a cautela para evitar problemas futuros poderia ser o mote para o dia de hoje, de uma mãe detida por ter raptado a filha do hospital às negociações entre o Governo e os médicos.
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Em Faro, a Polícia Judiciária admitiu que a mulher que, esta terça-feira foi detida por ter, há cinco dias, sequestrado a filha recém-nascida do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, pode ter dado à luz numa unidade de saúde privada para "ficar com a criança e contornar as medidas cautelares de proteção" decretadas pelo Tribunal de Família e Menores. A mulher, de 37 anos e mãe de outra criança já institucionalizada, terá sido auxiliada por um homem, de 45, igualmente detido. O bebé já está em segurança.
Mais a norte, o presidente da Câmara Municipal de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, e a mulher optaram por ficar em silêncio no primeiro dia do julgamento em que o casal responde por peculato, por ter, alegadamente, usado como se fosse seu um carro municipal que tinha sido emprestado à Casa da Presidência pela Águas de Gaia.
Já na Assembleia da República, em Lisboa, o ministro das Finanças, Fernando Medina, defendeu, no segundo e último dia do debate na generalidade do Orçamento do Estado para o próximo ano, que este é "responsável", ao mesmo tempo que garante "mais rendimentos, mais investimentos e um melhor futuro". Cautelas e garantias que, ainda assim, não convencem a Oposição, que, face à maioria absoluta do PS, nada pôde fazer para evitar, ao final da tarde, a aprovação do documento.
Bem distinta é a dinâmica no Ministério da Saúde, onde esta terça-feira as negociações entre o Governo e os sindicatos médicos para resolver o impasse no Serviço Nacional da Saúde. À entrada, a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) garantiram que a contraproposta da tutela remetida antes da reunião não contempla o que tinha sido acordado verbalmente na última ronda negocial, nem responde às reivindicações relativas a aumentos salariais.
Ainda em Lisboa, a PSP instaurou um inquérito disciplinar para apurar as circunstâncias da uma intervenção policial no passado dia 18 de outubro de 2023, na Praça do Martim Moniz. A ação dos agentes, parcialmente captada neste vídeo amador, aconteceu quando decorria no mesmo local uma manifestação contra o escalar da violência na Faixa da Gaza.
O balanço mais recente da guerra entre Hamas e o Israel, feito pelas Nações Unidas, aponta para mais de oito mil mortos palestinianos, 70% dos quais crianças mulheres, e mais de 1400 israelistas, incluindo pelo menos 30 crianças. O conflito, com reflexos noutras partes do mundo, incluindo na Europa, está em permamente evolução e pode ser acompanhado, com atualizações permanentes, no site do JN.
Por cá, num mundo bastante menos trágico, tenha, ainda assim, atenção com quem se cruza nas ruas de norte a sul do país: afinal, mesmo quem não acredita em bruxas acredita que elas existem e, esta noite, há vários eventos marcados para, com mais menos tradição, festejar o Halloween.
Boas leituras!