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O colapso de andaimes nos arredores de Lausanne aconteceu pouco antes das 9.30 horas (8.30 horas em Portugal continental). A notícia de mortos e feridos seguiu-se de forma atabalhoada e imprecisa, como é normal nestas tragédias. Sendo na Suíça, todos ficaram na expectativa de saber se haveria portugueses. E, sim, havia. Há pelo menos dois compatriotas entre quatro vítimas mortais da queda de andaimes ligados à construção de um edifício de 19 andares, com 60 metros de altura, no centro comercial Malley-Lumières, em Prilly. Também um cidadão de nacionalidade albanesa morreu. Há oito feridos graves, alguns deles portugueses, e vários desaparecidos.
A vida humana não tem preço, mas, se houvesse um ranking de tragédias neste dia, logo a seguir ao acidente ocorrido na Suíça surgiriam os problemas cognitivos denunciados pelo presidente norte-americano, Joe Biden. O JN fez uma recolha das suas gafes. Confundir o presidente Zelensky com Putin será com querer um copo de leite e pedir um whisky? Dizer que a sua vice-presidente dá pelo nome de Trump é como entregar o ouro ao bandido numa altura em que Biden ainda acha que é bom candidato democrata para discutir um lugar na Casa Branca com o seu oponente republicano?
Falando de novo em tragédias, o ranking das escolas volta a ser liderado por colégios. A primeira escola pública surge no 35.º lugar – a Secundária de Vouzela com média de 14,22 valores [ler mais na pág. 12] – e há mais 37 entre os primeiros cem lugares da tabela. O privado compensa ou, pelo menos, assim parece quando se olha para algarismos hierarquizados. A estatística tem essa característica de ser seca, sem contexto. Daí ser importante consultar o suplemento em papelo (também em digital para os assinantes) que o JN publicou hoje. Aí encontra análises e reportagens que dão vida aos números.
No plano político do microcosmo português, o caso das gémeas brasileiras que tiveram direito a um dos medicamentos mais caros do mundo através do SNS português, continua a dar que falar. Se há tragédia, essa deverá ser só de cariz ético, a menos que tenha existido dolo por parte de uma seguradora quando conduziu uma mãe desesperada para o SNS com o intuito de poupar uns milhões. O escândalo parece que é alimentado a pilhas, cuja marca estamos legalmente impedidos de mencionar neste espaço. A comissão parlamentar de inquérito (CPI) que aborda o caso tenciona enviar ao presidente da República, até ao final do mês, o pedido para que este preste esclarecimentos sobre o caso. Marcelo Rebelo de Sousa poderá responder presencialmente, por escrito ou recusar falar. Aguardemos para ver se a CPI é ou não presenteada com o "silêncio dos inocentes" (ou talvez não), como sucedeu quando o "dr. Nuno", filho do presidente da República.
Bom resto de dia e boas leituras. Aproveite o JN online, constantemente atualizado.