SOS servidores em apuros. Mais apuros, estes bastante analógicos, no Bangladesh e no Haiti.
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Para utentes dos sistemas da Microsoft, hoje foi dia de ecrã azul, sintoma de que alguma coisa correu mesmo, mesmo mal. O apagão foi global e afetou aeroportos, comboios, táxis, transportes marítimos, canais de televisão. Não se tratou de um ciberataque, afirmou o grupo americano de cibersegurança Crowdstrike, antes uma falha numa atualização de conteúdos na plataforma de computação em nuvem Azure.
No Bangladesh, julho tem sido mês de protestos nas ruas, violência, detenção de opositores políticos, encerramento de escolas e universidades, supressão da internet e na capital, Daca, proibição de reuniões públicas. Hoje, sexta-feira 19, grupos de manifestantes assaltaram uma prisão no centro do país e libertaram os detidos. Governado desde 2009 pela primeira-ministra Sheikh Hasina, o Bangladesh tem uma elevada taxa de desemprego entre os diplomados, e há uma insatisfação profunda com as quotas de admissão no funcionalismo público, que favorecerão as elites que rondam o poder.
Vista à distância de uma distorcida lógica mediática em que apenas as más notícias são notícia, a vida no Haiti parece não ser mais do que uma sucessão de desastres naturais e humanos. Num país em que bandos armados controlam dezenas de esquadras de polícia e quase toda a capital, Port-au-Prince, e em que a ONU assinala 580 mil pessoas deslocadas, regista-se agora a morte de 40 migrantes, na sequência do incêndio num barco na costa norte, numa viagem de 240 quilómetros que tinha como destino as Ilhas Turcas e Caicos.
Para lá de apagões virtuais e tragédias de carne e osso, há vida para ser vivida. Na Evasões, traça-se um roteiro pormenorizado do território ainda oxigenado do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, com epicentro em Aljezur. Abundantes propostas para comer, visitar, comprar, dormir e, é claro, surfar.
Se o tempo tiver tempo para ainda mais passeios, então é tempo de olhar para os jardins zoológicos e perceber que há muito que deixaram de ser um depósito de espécies mais ou menos exóticas, transformando-se metodicamente em locais que tentam trazer bem-estar e uma aproximação dos habitats originais dos seus inquilinos. A Notícias Magazine foi ao terreno e retrata o estado da arte.