Rui Pinto, o denunciante imperfeito que escapou à prisão
Rui Pinto, o "hacker" potuguês envolvido no caso "Football Leaks", foi esta segunda-feira condenado a quatro anos de pena suspensa, no final de um processo que ganhou projeção mundial. Nas escolas, o número de alunos subiu face ao ano anterior e poderá revelar-se um fator adicional de pressão num setor já atribulado.
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Denunciante desinteressado ou criminoso oportunista? As opiniões dividiram-se desde que Rui Pinto foi localizado, preso e levado à Justiça. O facto de as suas ações se entrecruzarem com o mundo do futebol fez com que as discussões fossem por vezes, menos racionais do que se esperaria e mais emocionais do que seria desejável. Esta segunda-feira, o "hacker" soube que escapou à prisão.
Para o tribunal, duas coisas ficaram provadas: que Rui Pinto tentou, de facto, extorquir o fundo de investimento Doyen Sports - foi esse um dos crimes pelos quais foi condenado - e que, por outro lado, mostrou arrependimento pelas suas ações. Dado que nem mesmo a sua defesa pedia uma absolvição total - o advogado Francisco Teixeira da Mota foi reconhecendo, ao longo do processo, que o seu cliente admitia a prática de alguns crimes -, dificilmente o acusado poderia pedir um desfecho mais favorável.
Entretanto, e sem que esteja ainda tudo a postos, as aulas arrancam entre terça e sexta-feira. O número de alunos será o maior desde 2021 - pelo menos mais 21 mil –, muito devido ao aumento de jovens estudantes estrangeiros, conforme lhe relata o JN. Esta realidade poderá trazer alguma pressão adicional ao setor, numa altura em que continuam a faltar professores - sobretudo a Sul.
O Parlamento já disponibilizou os cinco diplomas que o PSD pretende ver aprovados no próximo dia 20, todos sobre matéria fiscal. O mais emblemático é o que visa reduzir o IRS em 1 200 milhões de euros já em 2023, mas também há um outro que recomenda a revisão das tabelas de IRS em 15 dias. Os sociais-democratas apresentam as medidas ao pormenor esta terça-feira de manhã, em conferência de imprensa.
Lá fora, foi confirmado que os líderes russo e norte-coreano, Vladimir Putin e Kim Jong-Un, irão reunir-se "nos próximos dias". O motivo provável é o fornecimento de armas, mas é pertinente que o encontro nos leve a perguntar: afinal, o chamado Ocidente está mesmo a conseguir isolar a Rússia, ou estará antes a contribuir para que esta desloque o eixo principal das suas relações diplomáticas e comerciais definitivamente para Leste?