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O Sporting não está em crise, parece segundo palavras dos rivais, dos jornais e de tudo aquilo que se vai lendo, mas como é que um clube em crise está em todas as frentes e mesmo depois de duas derrotas consecutivas (uma para a Champions, outra para o campeonato) continua líder isolado em Portugal e em muito bom posto para se qualificar para a próxima fase da competição europeia?
É certo que foram dois jogos onde não estivemos bem, João Pereira quis colocar o cunho pessoal na equipa, mas (e apesar de adorar o ex-jogador do clube), agora não é tempo de alterar o que quer que seja no que estava a ser bem feito.
As dinâmicas mudaram, os jogadores pareceram perdidos e agora, se já tínhamos obrigação de vencer amanhã, essa obrigação aumentou muito. A almofada de pontos de avanço não irá durar para sempre e temos um mês de dezembro muito preenchido, demasiado preenchido, para colocar um pé em falso. Um mês que vai terminar com um dérbi em Alvalade.
Mas, por muito que João Pereira tenha cometido erros, que os cometeu ao apostar em Edwards e ao mudar as dinâmicas, não o consigo culpar. A culpa? Essa fugiu para Manchester, onde continua a ser idolatrado por muitos sportinguistas que descobriram o clube inglês o mês passado. Amorim é passado e estamos todos a aprender como lidar com João Pereira no presente. A equipa precisa de apoio, de colo, e não de fantasmas de treinadores passados que nos deixaram na mão. Vamos ter de jogar o dobro de todos os outros, e é evidente demais estar a dizer o motivo.
Amanhã é um jogo importante, lá estarei. Como o Sporting merece, como o Sporting precisa.
*Adepta do Sporting