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Não sei o que move quem incita à violência. Não sei o que leva a apelos ao racismo, à intolerância religiosa, política, cultural, a revelar ódios por quem é diferente numa civilização de que nunca farão parte. Não faço a mínima ideia do que sentem esses escravos do contra, que tudo e todos criticam, que mostram gozo em espezinhar, em apontar o dedo, em mostrar uma raiva que confundem com caráter. Imagino, porém, que se trata de gente com mente retorcida, de ressabiados e de invejosos, donos de um umbigo que guarda resíduos da lixeira que espalham. Ou então de gente que, quando, atrás de um ecrã, tenta esconder a sua pequenez, lançando grandes alarvidades. O que preocupa é que esta gente tem seguidores, parcos geralmente em palavras, limitando-se a larachas ou a usar a tão comum palavra “subscrevo”. A paciência, depois de muitos anos vividos, é, para mim, algo demasiado precioso para ser gasto com inutilidades. Deixo, por isso, espaço para as borboletas acastanhadas e sem graça que, à volta desses pseudocomentadores de política, economia, religião e jornalismo, batem asas porque não sabem fazer mais. Tenham um bom fim de semana. Apesar de tudo.
*Jornalista