Um homem de Penafiel registou a patente sobre capotes, samarras e capas típicas do Alentejo e contratou um advogado para mandar cartas a avisar produtores que têm de pagar licença para venderem.
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A coisa soube-se porque uma empresária denunciou a situação e obrigou deputados do PS a pedirem explicações, falando em usurpação. A diretora regional da Cultura já veio dizer que se tentará travar o processo (legitimado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial em julho), alegando que se trata de um património de todos. Mas não é. Tanto mais que o homem de Penafiel é titular dos direitos de registo de propriedade industrial dos desenhos e modelo daquelas peças de vestuário. Não basta pensar que algo típico de uma região é património de um povo sem se acautelar que assim será. Porque haverá sempre o perigo de alguém tentar ser mais "esperto". E agora, Alentejo?
Jornalista