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É sabido que sou muito crítico do percurso escolhido para o metrobus do Porto, que deveria ligar as praças da Galiza e do Império pelo eixo Campo Alegre e Diogo Botelho. Mas (mal) decidido que passa pelas avenidas da Boavista e de Marechal Gomes da Costa, estou agora preocupado com a forma como o projeto arrancará.
A linha, cumprindo o calendário, ficará pronta até ao final do ano. As propostas para o fornecimento do material circulante, para a instalação de painéis solares para gerarem a energia para a produção de hidrogénio verde, bem como para a instalação, na estação da Areosa da STCP, de um posto de abastecimento deste gás às viaturas, foram abertas no dia 21 de agosto.
Não conheço os prazos que os dois concorrentes propõem para o fornecimento de todos estes sistemas. Mas tenho a certeza que, no final do ano, não teremos em funcionamento, por impossibilidades técnicas e legais, o posto de abastecimento de hidrogénio verde.
Assim, e se os autocarros já tiverem sido entregues no final do ano, corremos o risco de circularem com hidrogénio bem negro (transportado em camiões-cisterna a gasóleo oriundos, possivelmente, de Espanha!...). Transitoriamente, podiam colocar-se os autocarros elétricos da STCP a fazer de metrobus. O problema é que a linha foi projetada para que as viaturas tenham portas dos dois lados, algo que não existe na frota da STCP...…
Face a isto, a Metro do Porto deveria esclarecer-nos. E a STCP (que assumirá a exploração desta linha) e a Câmara do Porto deveriam estar preocupadas e interventivas...
PS: escrevo a partir da Festa do Avante! As previsões do tempo para o resto de domingo são más.
Mas, seja como for, já estou de coração cheio: grandíssima Festa!