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A conversa que vou reportar aconteceu numa esplanada onde pousei para um café. E é um exemplo de como o ser humano gosta de falar nas costas dos outros. Conhecidos ou desconhecidos. O meu sossego foi quebrado por gritos de alegria de uma pessoa sentada na mesa ao lado. Abraços, muitos, "como estás?", "que bom rever-te", "adeus, vê se ligas" foi o que vi e ouvi. Eram dois seres humanos num reencontro? Engano. Parecia, mas não foi. Mal a pessoa reaparecida foi embora, a conversa mudou o tom. "Reparaste que envelheceu?", "É da pinga", " E engordou!", "Pois... nada faz". Dei comigo a rir. Não da conversa tipo "amigos da onça", mas de pena por haver quem precise de humilhar e maldizer nas costas. Lembra-me comentários que por aqui aparecem, jocosos, insultuosos, arrogantes. Por aqui e nas redes sociais. E ter uma vida, não?
*Jornalista