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Desde sempre que, todos os anos, no início da temporada se ouve “Não, este ano o Sporting vai fazer um bom campeonato”, “É este ano que o Sporting entra na linha” e, até à chegada de Ruben Amorim, isso era um mito. Era algo que parecia estar apenas a ser dito para que a chama de amor pelo clube se mantivesse, mas a realidade era outra.
Chegou Ruben Amorim, chegou o título de campeão e a conversa mudou, a mentalidade alterou-se e a exigência, que outrora pedia um futebol como deve de ser, hoje pede títulos, daqueles a sério. Talvez por isso a temporada passada tenha custado tanto, pois dois anos depois de sermos campeões o Sporting parecia ter voltado ao seu estado “normal”, ao Sporting que, ainda antes de o ano terminar, já só tinha como objetivo ficar nos três primeiros e fazer o melhor possível com aquilo que tinha.
Este ano, essa mentalidade mudou, a chegada de Gyokeres trouxe-nos uma nova esperança, uma nova certeza de que quem manda no balneário percebe aquilo que precisamos para voltar a festejar o título e, depois do jogo com o Vizela, essa certeza tornou-se mais real. Dois golos em menos de dois minutos, mas depois... voltaram os fantasmas. O excesso de confiança num resultado que esteve longe de estar seguro provou que o Sporting precisa de foco e de capacidade de perceção que um ponta de lança sozinho não pode fazer muito quando a defesa está desatenta.
Falta muito para jogar, muito para ver, mas desta vez, com mais um ponta de lança, acredito que possa sonhar, pelo menos com mais e melhor do que na temporada passada.