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Mil seiscentos e vinte minutos separam neste momento o Sporting do final do Campeonato Nacional de Futebol. Dezoito jogos, muitas dores de cabeça, muita ansiedade, muitos sonhos que podem voltar a ser concretizados já no próximo mês de maio.
Ainda falta tanto tempo, mas em simultâneo o tempo vai passar tão depressa que vai parecer que passou a correr. O Sporting neste momento continua como líder do campeonato, com um ponto a mais que o Benfica e isso não me deixa descansada. Basta um deslize, uma falta de atenção, uma jogada em que a defesa não esteve como deveria ser, que vai tudo voltar a ser um sufoco.
Podia ser tudo tão mais simples, tão mais fácil, sem ansiedades desnecessárias, mas falamos do Sporting, um clube onde nunca nada foi fácil ou simples. Tem de ser sempre com sangue, suor e lágrimas, tem de ser sempre a pulso, tem de ser sempre com aflição e tem de ser sempre sofrido.
A máquina que entra em campo está bem oleada, Gyokeres é o motor principal e se há jogador que mesmo não marcando continua a fazer a diferença é ele. Dá gosto ver o homem a jogar, a velocidade que traz, a forma como encara cada jogada e o faro que tem para o golo, faz dele um dos melhores que vi jogar com a verde e branca vestida.
Vou querer guardá-lo numa caixinha, mesmo que o sonho não se concretize, porque jogadores destes não se encontram todos os dias e se o mercado de inverno colaborar, no final do campeonato, será dele de quem sentiremos, todos, mais saudades.