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O Sporting voltou a perder pontos. Voltou a achar que um jogo eram favas contadas e a realidade é que dos três pontos obrigatórios, a equipa de Ruben Amorim voltou para Lisboa sem nenhum.
Podia estar aqui a falar de um penálti que não é penálti, de João Pinheiro e da falta de competência que vem demonstrando, da falta que Coates nos fez. Podia até ir buscar a desculpa de St. Juste estar lesionado e falar de Ricardo Esgaio no eixo central da defesa, mas a verdade é que nada disso justifica uma derrota como aquela que se viu no passado sábado.
Se o Sporting é candidato ao título, temos de ter consciência que jogos assim só têm de servir para termos a certeza que não se repetem. Amorim resolveu abordar o jogo de uma forma, depois resolveu poupar para o Clássico do dia 18 e a realidade é que não pode haver poupanças. Nem paninhos quentes: o Sporting, se quer festejar em maio o título de campeão, tem de entender duas coisas: que cada jogo é uma final e que temos de jogar no primeiro minuto como jogamos no último. Não dá para ir diminuindo o ritmo, para ir tendo pena do adversário. Jogar para vencer tem de ser um jogar para fechar o resultado logo e acho que é essa a maturidade que tem estado em falta.
Ao contrário do que muitos escreveram e quiseram, o Sporting continua líder. E só não está mais descansado por culpa própria, por erros coletivos e individuais, pela falta de maturidade que se tem visto.
Dia 18, as coisas mudam. Para melhor ou para pior? Ainda não sabemos, mas de uma coisa eu preciso de ter a certeza: se mudarem para pior, só quero que eles em campo tenham consciência de tudo o que isso implica para quem se senta na bancada. O amor não se mede e não vai deixar de existir, só pedimos é que lutem no relvado como quem sente, respira e vive o Sporting.