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Há uns tempos, pedir para levar sobras de uma refeição num restaurante era, para alguns, algo a evitar. “Cheirava” a falta de dinheiro ou de “etiqueta”, havendo quem, para ultrapassar tal aparência, pedisse para embrulhar os restos para o cão. As coisas mudaram e não falta quem, perante o que não conseguiu comer, solicite que ponham os restos num recipiente, que é pago, e saia do estabelecimento de “marmita” na mão. A luta contra o desperdício agradece. Porém, eis que chega uma moda de Itália que vai contra a divisão de comida. Ou seja, se o leitor é daqueles que comem pouco e não se importa de pedir um prato extra, repartindo a refeição com quem está consigo, corre o risco de vir a pagar uma taxa. O argumento é este: pedir um prato extra para dividir a dose implica mais tempo para os empregados, no serviço e na cozinha, bem como gastos suplementares de detergente, água, etc. A associação ligada aos restaurantes diz que desaconselha a prática, mas que compreende. Eu não, apesar de haver quem assegure que é legal taxar a divisão de refeições desde que conste um aviso na ementa. Solução? Leve de casa um prato e um talher, divida a comida e traga a louça para lavar em casa.