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É difícil, não vou mentir. Têm sido muitos jogos durante longos e dolorosos anos a ver o Sporting a jogar sempre com o receio de que, a qualquer momento, o resultado que está a nosso favor, pode virar. Esta segunda-feira isso não aconteceu, jogámos, marcámos dois golos e a segunda parte, apesar de alguns sustos, acabou por ser tranquila o suficiente para acharmos tudo muito estranho.
Fala-se muito da mentalidade de campeão, do “sofrer até ao fim”, do “acreditar até ao último segundo”, mas ainda ninguém preparou um sportinguista para ver um jogo sem precisar de estar aflito. Tudo isto é novo para qualquer um de nós.
Parece que já não é o Sporting que está em campo, a teoria do “Vai acontecer Sporting” (o que para quem desconhece o que é , reflete o facto de podermos perder um jogo que estávamos a ganhar), continua a ecoar na cabeça de cada um, mas já não é verbalizada. Tudo isto é novidade.
Há muito tempo que já não via um jogo em que não estivesse constantemente a precisar de oxigénio para aguentar os lances de perigo do adversário, mas talvez tenha acontecido por ser contra uma equipa de escalão inferior (sem qualquer descredibilização para o Rio Ave) e quando for contra qualquer outro isto pode mudar tudo, mas a verdade é que foi isto que aconteceu.
Ainda faltam muitos jogos, ainda muita água tem de correr por debaixo da ponte que é a Liga Portuguesa, mas se for para ser assim, tenho de me começar a habituar a este Sporting 2.0 que não me pede um calmante ao intervalo.
Sobre o clássico? Tal como disse Amorim, a nossa preocupação é o Farense.
*Adepta do Sporting