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Nunca pensei que a semana que passou me custasse tanto, me fizesse colocar tudo em causa e me deixasse tão triste, enervada, zangada e desiludida. Sempre soube que, um dia, Amorim teria de ir, de voar, de querer mais e melhor, mas nunca pensei que fosse já, nunca acreditei que pudesse ser assim. Mais do que uma semana de emoções fortes, foi uma semana que me doeu a passar, foi uma semana que em toda e qualquer conferência de imprensa que foi dada só queria que me tivessem dito: “Isto é tudo a gozar com a vossa cara, Amorim fica”. Mas Amorim vai. Amorim vai e vai já na próxima segunda-feira. Amorim vai, mas deixa a base de uma equipa que quer e que vai lutar por um bicampeonato. O Sporting que ele deixa é muito diferente daquele que ele encontrou e, esse mérito, valerá sempre o meu obrigada.
Não sou, nem nunca serei ingrata, mas a raiva da saída, sem justificação aparente até à conferência pós Estrela, ajudava-me a lidar com isto de uma forma que agora só me deixa em baixo. Que agora só me dói, que só me custa porque sinto que poderia ter sido diferente.
A raiva passou, mas nem eu, nem os jogadores (ou pelo menos quero acreditar que assim seja), desejamos menos este “bi”. Seja com quer for. Neste momento, o Sporting é o único líder do campeonato invicto na Europa e falem, escrevam o que quiserem, digam o que entenderem, eu sei que o objetivo comum é o mesmo e nem que venham 10 Manchester United desta vida isso vai mudar. Ficamos nós, como sempre estivemos e honestamente é isso que interessa, o Sporting somos nós.