Entre quem me lê haverá alguém que já se confrontou com a recusa repetida de uma criança em ir para a escola.
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Terá concluído que se trata de preguiça, de frio ou de noite mal dormida. Tentou saber razões e só teve respostas evasivas, muitas vezes acompanhadas de choro. Percebeu, depois, que a situação é grave e que tem um nome: bullying. Percebeu, também, que o caminho para travar tal abuso é difícil. Afinal, falamos de crianças. Sim. Mas a educação (ou falta dela) pode torná-las cruéis. O vídeo colocado na Internet pela mãe de Quaden, um menino australiano que nasceu com nanismo e que, por via disso, é vítima de bulliyng, dói. Porque dói ouvir um menino pedir para morrer aos nove anos. E dói concluir que a gravação é um grito de socorro de uma mãe impotente. Como deverá doer à mãe de um agressor ver as lágrimas de Quaden. É nisto que quero acreditar.
*JORNALISTA