Aprendi com os meus pais que Natal é símbolo de amor, abraços, solidariedade, partilha. Em menina, os presentes, desembrulhados na manhã de 25, eram o que mais precisava.
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O meu irmão mais velho, porém, tinha sempre uma boneca para me dar e, mais tarde, livros. Cresci sem bacalhau à mesa, sem Pai Natal, com um presépio que só tinha o Menino nas palhinhas a partir da meia-noite de 24. Juntávamos vizinhos e amigos à volta de marisco e muamba. Havia rabanadas de vinho, feitas pela minha mãe. Hoje, serão rabanadas feitas por mim, mas de leite e ovos. E polvo, porque bacalhau é algo que não se aprecia. Não terei vizinhos nem amigos comigo. Terei a família mais chegada e cumprirei a tradição de colocar um prato na mesa em honra de quem já partiu. É a forma de agradecer ensinamentos. Sobretudo o que nos leva a desejar que seja mesmo Natal.
Jornalista