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Quem olhasse para mim no passado sábado de manhã podia achar que eu estava prestes a ter um ataque cardíaco. A ansiedade tomou conta de mim logo desde que acordei e acho que, ainda agora, está presente. Era “o jogo do título”, se ganhássemos ficávamos com quatro pontos de avanço e com menos um jogo, se empatássemos ficaríamos nesta aflição até ao fim, mas se perdêssemos ainda teríamos margem para recuperar. O meu lado racional sabia disto, era “o jogo do título”, mas só para quem anda a correr atrás do prejuízo e, neste caso, felizmente, não era o Sporting.
O jogo arrancou, o Sporting marca, o meu pensamento foi “OK, aguenta até aos 90” e ainda antes do intervalo, o Benfica chega ao empate (outra vez de bola parada Sporting?! Fogo pá! Vocês não treinam isto?!). A segunda parte foi das mais disputadas que me lembro de ver e se reclamam que o Hjulmand devia ter sido expulso o que há a dizer de Di María? (temos uma secção de kickboxing se ele quiser), o tempo passa, e passa, e passa... O golo? O-N-D-E E-S-T-Á- O G-O-L-O ? Até que... apareceu. Explosão de emoção, explosão de alegria, explosão de alívio e, que me perdoem, mas nós merecíamos isto. A equipa merecia isto e foi tão, mas tão bom.
Geny Catamo trouxe no pé direito (vejam bem!) a certeza de que podemos ser felizes esta temporada. Os abraços no final entre eles, nas bancadas, e “O Mundo Sabe Que” mais bonito que ouvi em muito tempo terminaram com o jogo que acabou connosco, os adeptos.
Como diz o míster, ainda nada está ganho, mas que possamos continuar a sobreviver, jogo a jogo, lado a lado, 90 minutos de cada vez.
*Adepta do Sporting