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Dizem os dados do Observatório da União Europeia (UE) para a Pobreza Energética que perto de 2,5 milhões de portugueses vivem em situação de pobreza energética. Ou seja, não têm condições financeiras para aquecer a casa no inverno e mantê-la fresca no verão. Entre 28 países da UE, Portugal ocupa, nessa condição, o lugar 25. A construção da maioria das habitações não tem em consideração o conforto térmico. Depois de um verão com temperaturas elevadas, chegam agora dias extremamente frios e com eles a ameaça de morte, sobretudo para os mais velhos. Com a crise que se atravessa, serão raros os que podem usar meios eficazes de aquecimento. Gás, eletricidade e lenha estão a preços escaldantes, os bens essenciais e as prestações das casas obrigam a repensar orçamentos. Os portugueses de hoje não passam de uns tesos. Em termos térmicos e de bolsa.
*Jornalista