Sou uma otimista e acredito que o lado bom destes tempos é o de criar maior interesse pelos transportes públicos, que por motivos ambientais, e até políticos - a independência energética é uma quimera - sempre serão a melhor opção.
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O interesse tem de crescer devidamente acompanhado de investimento. Não podemos ter linhas de autocarro que servem populações do Grande Porto, que deixam de funcionar a partir das nove da noite, deixando os utilizadores sem alternativa.
Para a transição verde de que tanto se fala é preciso dar garantias de eficácia nas viagens e o tempo gasto em deslocações é essencial.
Os 40 euros que se paga de passe, no máximo, não chegam para atestar o depósito, mas para muitos não há alternativas e não sobra gasolina nem para dar "a volta dos tristes" ao fim de semana.
*Jornalista