O xerife de Bristol County, Thomas Hodgson, está a realizar "programas de saúde, educação e língua portuguesa" junto de presos portugueses nos EUA, para "facilitar a integração" dos que serão deportados para o país de origem.
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"Desde 2000, já passaram por aquele centro de detenção 465 presos, que foram deportados para os Açores e que receberam um tratamento adequado naquelas áreas, bem como sobre a sociedade do local para onde vão viver", especificou Thomas Hodgson.
Thomas Hodgson iniciou, esta quinta-feira, uma visita aos Açores, para "conhecer de perto as pessoas que vão trabalhar na integração dos deportados", de forma a "garantir maior proximidade e sucesso nas acções a desenvolver".
A visita do xerife de Bristol County coincide com a apresentação, na próxima semana, do programa LEGAL (Legalization Effort of the Government of the Azores and Logistics), que visa prevenir as deportações dos EUA e Canadá, sensibilizando para a naturalização dos cidadãos das comunidades açorianas residentes nestes países.
Graça Castanho, directora regional das Comunidades, frisou que "importa juntar todas as organizações das comunidades de emigrantes nos EUA e Canadá para que deixem de existir acções de sensibilização dispersas".
Nesse sentido, salientou que o projecto "vai contar com todas as Casas dos Açores", consideradas as grandes embaixadas junto da população açoriana emigrada. Para Graça Castanho, "a mensagem para chegar bem necessita que sejam elaborados materiais muito concretos, que é o que este programa tem, além de ser inovador".
O xerife Thomas Hodgson tem previstas diversas reuniões e visitas, uma das quais à associação ARRISCA, parceira do governo regional na integração dos deportados.
Para os Açores, desde o final dos anos 80 do século passado, já foram deportadas cerca de 1100 pessoas.
A maior parte dos deportados são homens e foram condenados por crimes relacionados com violência doméstica, álcool, droga e roubos.