Administração reúne com trabalhadores que bloqueiam entrada na Cerâmica Valadares
A administração da Cerâmica de Valadares está reunida com representantes dos trabalhadores que bloqueiam a entrada na fábrica desde as 8 da manhã. São cerca de 100, de um total de 400, os empregados que estão a impedir a entrada e saída de camiões até que a administração garanta o pagamento dos salários em atraso.
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O dirigente do sindicato dos Cerâmicos do Norte, Manuel Mota, disse que a "decisão é a concretização do que tinha sido decidido na segunda-feira em plenário", ou seja, enquanto os salários de Dezembro e Janeiro não foram pagos a entrada da fábrica ficará bloqueada.
"Enquanto não aparecerem para garantir o pagamento dos salários o bloqueio vai manter-se", disse.
"Temos a indicação de que elementos da administração estiveram ontem [segunda-feira] reunidos com um cliente para desbloquear verbas. Vamos ver o que é que têm para nos dizer", disse, Raul Almeida, da comissão de trabalhadores, garantindo que nnão vão em promessas de pagamento. "Se recebermos, voltamos ao trabalho. Enquanto não houver dinheiro não há trabalho", disse, em declarações a Antena 1.
A fábrica centenária Cerâmica de Valadares, que emprega cerca de 400 trabalhadores, esteve já paralisada no final de Dezembro de 2011, devido à falta de dinheiro para pagar o gás. Na altura, estavam também em atraso os salários de Novembro e de Dezembro e o subsídio de Natal.
Em meados de Janeiro, a administração da Cerâmica Valadares informou os trabalhadores de que haveria "alguém interessado" em viabilizar a empresa, mas não avançou desde então mais pormenores sobre o eventual negócio, segundo fonte da comissão de trabalhadores.