Os banhos no rio Coura na conhecida praia fluvial do Tabuão, onde todos os anos por esta altura decorre o não menos mediático Festival de Paredes de Coura, não estão, neste verão, sujeitos a qualquer restrição, já que ao contrário do que ocorreu em Julho de 2009, em vésperas da edição anterior do evento musical, as águas não apresentam qualquer problema de contaminação.
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O presidente da junta de Formariz, freguesia onde a zona balnear se encontra localizada, garante que este ano o Coura se apresenta “próprio” para receber os banhistas e os milhares de festivaleiros que até ao fim do mês por ali vão passar, quer durante o festival de música de inspiração cristã (decorre de 23 a 25 de Julho e para o qual se esperam dois mil jovens) quer no Paredes de Coura clássico (decorre de 28 a 31 de Julho e esperam-se em média 20 mil pessoas/dia).
“Nunca mais tivemos análises que dessem indícios de salmonelas”, afirmou Eugénio Pereira, recordando a contaminação com “níveis assustadores de salmonelas” que há um ano afectou as águas que banham a praia do Tabuão. Na altura a câmara de Paredes de Coura apontou como motivo a chuva que caiu durante alguns dias e que terá arrastado para o Coura resíduos orgânicos de campos.
Segundo a autarquia, a existência de terrenos de cultivo nas margens do rio Coura faz prever que, sempre que são despejados resíduos orgânicos nas terras e depois chove, as águas daquele curso de água se ressentem. E haverá também registo de alguns episódios de agricultores que efectuam descargas para o rio de “chorume” (líquido poluente, de cor escura e odor nauseante, originado de processos biológicos, químicos e físicos da decomposição de resíduos orgânicos nas terras).
Este ano, tudo indica que a situação estará controlada, até porque, entretanto terão sido criadas comportas que facilitam a regeneração das águas. “Os resultados (das análises) já estão a ser positivos. O próprio rio consegue fazer a sua depuração. Até agora não tem havido anomalias”, assegura o presidente da junta de Formariz.
