O aluimento de uma parede, este sábado, em São Pedro da Cova, Gondomar, destruiu duas marquises nas traseiras de um prédio e deixou os moradores em sobressalto. "Na derrocada, o chão estremeceu e ouvimos um barulho enorme. Foi uma sorte não estamos lá", contou, ao JN, Manuel Pessoa, um dos inquilinos afetado pelo desmoronar da parede. Segundo os habitantes, a Proteção Civil prometeu voltar na segunda-feira para estudar o local e o tipo de intervenção a fazer.
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De acordo, ainda, com o relato de Manuel Pessoa, a proteção "em laje" ruiu às 10.30 horas. "Estávamos a tomar o pequeno-almoço numa zona mais interior do apartamento. Se estivesse bom tempo, estaríamos lá fora, nas traseiras. Foi uma sorte", repetiu este morador do rés-do-chão do edifício, na Rua Eduardo Castro Gandra.
O vizinho, que é padeiro, não estava em casa no momento da derrocada. O grau de destruição na sua habitação é superior. As pedras entraram-lhe pela marquise dentro. Vai acionar o seguro.
A água das chuvas terá sido a causa do aluimento. Devido às infiltrações, um pilar que segurava a parede ruiu. Ninguém ficou ferido, nem teve de abandonar a residência. As autoridades vedaram o acesso à parte das traseiras que ficou obstruída pelas pedras e pelo movimento de terras. No local estiveram os Bombeiros de São Pedro da Cova e a GNR, assim como elementos da Proteção Civil e da Polícia Municipal.
"Temíamos que isto pudesse acontecer. A parede tinha fissuras. Há uns anos, com o anterior condomínio, chegou-se a fazer um orçamento para as obras, mas não houve acordo entre os moradores, devido ao preço, que consideraram elevado. Conclusão: foi-se deixando andar até chegar a este ponto", comentou Manuel Pessoa.
Entristecido, e receoso que novos aguaceiros agravem o problema, espera que as autoridades encontrem uma solução o mais rapidamente possível e façam as devidas obras. "Não podemos viver assim", desabafa.