Um aluno da Escola Secundária de Ermesinde, Valongo, agrediu uma professora na sala de aula, tendo o estabelecimento de ensino "actuado no âmbito das suas competências", confirmou à Lusa fonte da Direcção Regional de Educação do Norte (DREN).
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O caso, de que a Lusa teve ontem conhecimento, remonta a 26 de Março, último dia do segundo período escolar, numa turma do 10.º ano do curso profissional de design gráfico lecionado naquela escola. Depois da agressão, o aluno recusou-se a sair da sala de aula, tendo a professora sido obrigada a expulsá-lo, porque não havia funcionários no pavilhão onde decorria a aula. A professora apresentou queixa na Polícia.
Fonte da DREN referiu à Lusa que este caso foi comunicado a esta direção regional, acrescentando, apenas, que a escola "actuou no âmbito das suas competências".
A Lusa contactou a escola no sentido de perceber qual o processo disciplinar aplicado ao aluno, mas tal não foi possível. Também o JN não conseguiu, ontem à tarde, contactar responsáveis pela escola para tentar conhecer o castigo aplicado e saber da evolução do processo.
A ministra da Educação, Isabel Alçada, admitiu em Março que as agressões a professores em escolas possam ser consideradas crime público, como quer a Fenprof. Também em Março, dados do programa "Escola Segura" davam conta que o número de agressões a professores e alunos aumentou 11,3% e 20,6%, respetivamente, em 2007/2008 face ao ano letivo anterior. A Lusa contactou a PSP para solicitar esclarecimentos, mas tal não foi possível em tempo útil.
Ainda em Março soube-se que quase metade das causas dos contactos feitos para a linha SOS Professores resulta de situações de agressões verbais (43,6%) e de agressões físicas (27,8%). No entanto, os casos de indisciplina são o segundo factor motivador das queixas (29,5%).