Cerca de 20 alunos de uma turma do 7.º ano da escola básica 2, 3 de Vila Verde foram surpreendidos, no dia em que foram afixadas as notas do primeiro período. Na disciplina de Geografia não havia qualquer valor atribuído.
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"É lamentável ver, todos os dias nas televisões, professores a fazerem manifestações, greves por este ou por aquele motivo, ou porque ganham pouco ou porque querem mais regalias, mas quando toca a dar aulas os mesmos baldam-se a elas e aos alunos", começa por dizer um elemento ligado à Associação de Pais. Segundo o encarregado de educação, "os alunos tiveram cinco aulas e não foram avaliados e o mais curioso, é que ninguém sabia de nada".
O desconhecimento tem, para o pai, uma explicação: as aulas de substituição. "Como agora há quem substitua os faltosos, as pessoas podem perder a noção da realidade!" Os estudantes "não podem fugir a estas aulas mas quem marca falta aos professores?" A associação de pais acusa também o Conselho Executivo de "nunca ter informado os encarregados de educação sobre esta situação".
O presidente do Executivo, António Amaro garantiu que "o ano lectivo destes alunos não está em causa por não terem tido nota porque a avaliação é contínua e restam ainda dois períodos". A justificação dada por António Amaro para se chegar a esta situação passa pela própria lei da colocação de professores: "eles concorrem e são colocados mas como são horários de 4/6 horas, quando arranjam um horário com mais horas desistem. E nós temos que voltar a abrir todo o processo de colocação". Garantiu ainda que "esta situação não se vai voltar a repetir nos próximos dois períodos" porque "já há um professor que aceitou ficar com o horário disponível."