Para assinalar a crise académica de 1962, que se comemora a 24 de março, cerca de duas dezenas de estudantes das escolas secundárias de Braga saíram à rua, esta quarta-feira de manhã, para exigir melhores condições nas aulas, mais presença nos órgãos de gestão e psicólogos clínicos.
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A Avenida Central serviu de ponto de encontro dos estudantes das escolas secundárias D. Maria II, Sá de Miranda e Carlos Amarante. Depois, o grupo seguiu até à porta da Câmara Municipal para se fazer ouvir.
"Educação é um direito, sem ela nada feito", gritaram em uníssono, enquanto exibiam cartazes onde pediam "mais professores, funcionários, psicólogos e menos alunos por turma". Outros reclamavam "o fim dos exames nacionais".
Gabriel Vilaça, porta-voz dos estudantes, sublinhou, ao JN que "a falta de psicólogos de especialidade clínica na escola" é um dos problemas que querem ver revertido. "Há pessoas que não podem pagar para estarem numa clínica", justificou.
O aluno da Escola Secundária Carlos Amarante adiantou que outra das lutas passa pelo "aumento do financiamento para melhorar as condições estruturais" dos estabelecimentos de ensino. No seu caso, fala de "cadeiras muito degradadas nos laboratórios, que não permitem estar ao nível da mesa" ou do ar condicionado "que não está ativo". Na escola Sá de Miranda, "há problemas com os balneários", exemplifica Gabriel Vilaça.
"Pedimos, também, a reposição das aulas de educação sexual, que não foram dadas durante a pandemia. Há várias coisas que não são esclarecidas e são mais úteis do que alguns conceitos que aprendemos em aulas", acrescentou o estudante, apelando, ainda, a uma maior representação dos jovens nos órgãos de gestão da escola. "São dois alunos e não têm poder nenhum. A associação de estudantes também não tem quase intervenção", concluiu.