Dirigentes da Associação Naval Amorense, na Amora, no concelho do Seixal, e os cerca de 200 atletas federados e não federados que praticam desporto na instituição prometem amanhã fazer uma vigília em frente às instalações, para contestar a decisão da Administração do Porto de Lisboa (APL), de tomar posse da sede do clube, o que deverá acontecer cerca das 11 horas.
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"Temos alguma dificuldade em entender a certeza com que a APL reclama para si a posse do terreno, sabendo que as instalações do clube estão em linha com outras casas de habitação e com o terreno de um estaleiro privado", sublinha Moreira da Silva, dirigente da Associação Naval Amorense.
Segundo o responsável, as instalações foram construídas pelo clube com o apoio da Câmara do Seixal, incluindo um hangar para a recolha de embarcações. Moreira da Silva acusa a APL de estar mais preocupada com o lucro do que com os valores de solidariedade, ao querer submeter os terrenos onde está instalado o clube a concurso para oferecer a quem pagar o preço mais elevado.
O dirigente da Amorense lembra que a instituição dá apoio e tem projectos dirigidos para os bairros sociais, reformados e pessoas com deficiência, que ficam comprometidos com a perda das instalações.
"A Associação Naval Amorense tem um dos mais importantes clubes de canoagem do país. Cede há vários anos, em média, três atletas para a Selecção Nacional. Há três anos, ganhou um prémio do Instituto do Desporto Nacional", frisou Moreira da Silva.
O JN procurou obter esclarecimentos junto da Administração do Porto de Lisboa e também junto da Câmara do Seixal, mas ninguém se mostrou disponível para prestar declarações até ao fecho da edição.