<p>Em pleno período de crise, as quase meia centena de empresas instaladas nos pólos empresariais de Cerveira vão contar com uma estrutura de apoio. Trata-se de um espaço para eventos e formação que se junta à creche.</p>
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O espaço, instalado num edifício construído de raiz, deverá, segundo fonte municipal, ser inaugurado "a breve prazo", possivelmente ainda no decorrer do mês de Janeiro. A obra integra o projecto de um centro de apoio às empresas, que numa primeira fase implicou a construção de uma creche com capacidade para 70 crianças, com idades compreendidas entre os quatro meses e os três anos, filhos dos operários dos dois pólos empresariais do concelho. Com a nova estrutura a inaugurar brevemente e que contempla um auditório, com 200 lugares, três salas de formação e um gabinete de apoio técnico, foram já investidos cerca de um milhão e meio de euros. Numa terceira fase será construído também um pavilhão multiusos, que a Câmara local prevê possa custar à volta de um milhão de euros.
"A disponibilidade deste centro às empresas para a valorização dos seus recursos humanos e para a promoção dos seus produtos é uma vantagem acrescida para os empresários e um sinal claro dado pela autarquia na defesa do tecido produtivo da região", refere o autarca local, José Manuel Carpinteira, acrescentando que o novo espaço de apoio às empresas, situado no pólo II da zona industrial localizada na freguesia de Campos, "revela-se uma ajuda importante à actividade empresarial do concelho, apoiando os empresários e os seu colaboradores nesta difícil conjuntura económica".
À entrada em funcionamento equipamento seguir-se-á, numa etapa posterior, a edificação, num terreno anexo, de um outro edifício para acolher a realização de eventos, nomeadamente, feiras dedicadas ao sector empresarial, com o objectivo de "tornar mais visíveis os produtos e artigos produzidas nos pólos industriais do concelho".
A Zona Industrial de Campos, que engloba dois pólos distintos junto à Estrada Nacional 13, conta com cerca de meia centena de fábricas que garantem emprego a perto de duas mil pessoas, na sua maioria mulheres. Numa zona próxima, situa-se o Parque Industrial do Fulão, de capitais privados.
A pensar nesta época de grandes dificuldades, que afectam sobretudo as muitas unidades de fabricação de componentes para o sector automóvel ali implantadas, a autarquia presidida por José Manuel Carpinteira aprovou, no âmbito do plano de actividades e orçamento para 2009, a diminuição da derrama sobre o IRC das empresas.
Na próxima semana, o autarca (tal como o colega da Câmara de Valença), deverá reunir com representantes das principais empresas afectadas pela crise. "Há duas empresas de construção de embarcações e três dos sector automóvel que são as que mais nos preocupam, porque têm falta de encomendas e não podendo produzir, podem ter de dispensar trabalhadores", referiu ao JN, o autarca de Cerveira, José Manuel Carpinteira, considerando que o desemprego, em consequência da crise, já tem vindo a atingir aquele concelho.