A Área Metropolitana do Porto apresentou, esta quarta-feira, a marca "Unir" no centro de conferências de Bruxelas. A autoridade intermunicipal marca presença na Semana Europeia das Regiões e dos Municípios, promovida pelo Comité das Regiões. Tiago Sá Carneiro, da Comissão Executiva, moderou a sessão.
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Entre os cerca de 50 stands temáticos instalados no centro de conferências de Bruxelas, no Mont des Arts, está o da Área Metropolitana do Porto (AMP). "Temos informação dos 17 municípios e damos a possibilidade às pessoas que frequentam estes espaços de conhecerem melhor o nosso território", observa Tiago Sá Carneiro, membro da Comissão Executiva, instantes depois de ter moderado uma sessão onde foi apresentada a nova operação de autocarros da região, intitulada de "Unir". A imagem foi dada a conhecer em março.
"Não podemos deixar de estar neste tipo de iniciativas. Este convite para falar sobre a 'Unir', para nós é muito importante, porque é um projeto que irá revolucionar a rede de mobilidade da AMP. Tivemos a possibilidade de ter este 'talk' no sentido de explicarmos não só a comunidades intermunicipais, municípios portugueses, mas também a municípios internacionais e organizações internacionais, aquilo que é um exemplo de melhoria de vários aspectos: a questão das emissões de carbono, da acessibilidade dentro das cidades e também a forma de conseguirmos circular na AMP com preços acessíveis", afirma Tiago Sá Carneiro.
Para já, não se sabe em que moldes poderá avançar a operação. A região foi dividida em cinco lotes e nem todos estarão em condições para dar início à nova rede a 1 de novembro, como o previsto.
Aliviar a pressão turística do Porto
Ao mesmo tempo, nota, a nova rede ajudará também a aliviar a pressão turística concentrada na cidade do Porto. O membro da Comissão Executiva recorda até a aprovação, em Conselho Metropolitano, da designação "Porto Region" para "que as pessoas possam conhecer o território dos 17 municípios". "Isto oferece a possibilidade, não só de poderem dormir noutros concelhos e não sobrecarregar a cidade do Porto, mas também de poderem ter um canal de mobilidade dentro da AMP, que facilite as deslocações para outros municípios além do Porto", justifica.
Até porque, recorda, o número de dormidas "atingiu números muito grandes". "Queremos que essa percentagem, essa subida, possa ser partilhada com os restantes municípios. Assim é que nós conseguimos uma boa coesão territorial", sublinha.
Recorde-se que, desde outubro do ano passado, a AMP conta com representação na Comissão Europeia. "Todo o trabalho realizado pela equipa da AMP e também por quem nos apoia em Bruxelas, tem sido um sucesso. Temos conseguido estar mais perto daquilo que são as influências do mercado europeu e ter acesso [no que diz respeito a programas de financiamento europeus] ao que não temos em Portugal. Ajuda principalmente os municípios a encontrarem outros canais de financiamento para conseguirem aplicar os seus dinheiros", conclui o membro da Comissão Executiva.