<p>Seis meses depois de ter despedido por mútuo acordo 219 trabalhadores, o Grupo Silva Vieira readmite 170 pescadores. Três navios estão prontos para sair para a pesca na Noruega e Canadá, até ao final do mês. </p>
Corpo do artigo
Brites, Aveirense e Praia de Santa Cruz. São estes os três navios do Grupo Silva Vieira que, até ao próximo dia 20 de Janeiro, já estarão a navegar rumo à Noruega e Canadá para a pesca do bacalhau. Em tempos de crise o armador da Gafanha da Nazaré mostra-se disposto a enfrentar as dificuldades e devolve emprego a 170 pescadores que, recorde-se, tinham sido dispensados em Junho do ano passado.
"Já não está ninguém no fundo de desemprego, porque os três navios absorvem todo o pessoal que foi dispensado", disse Silva Vieira, acrescentando que "para já são 170 trabalhadores e estão todos já a laborar para equipar os navios e para que possam retomar a sua faina habitual".
Ainda de acordo com o armador, hoje deverá sair o primeiro dos navios. Os restantes "saem até ao dia 20, pelo menos são estas as nossas previsões e espero cumpri-las. São dois para a Noruega e um para o Canadá que vão para a pesca do bacalhau. Até ao dia 20 estarão todos a navegar em direcção aos postos pesqueiros".
A redução do preço dos combustíveis estará na origem deste volte-face do Grupo Silva Vieira que, há seis meses, parou sete dos 20 barcos quer compõem a frota. Com esta paragem, em Junho, o armador acreditava conseguir poupar cinco milhões de euros na factura dos combustíveis.
Mas apesar da redução do preço do gasóleo, o armador Silva Vieira, que detém 44% das quotas portuguesas de pesca do bacalhau, não se mostra muito optimista em relação ao ano de 2009. A baixa dos preços é "um sinal positivo", admite, mas deixa algumas reservas. "Não estou muito optimista, mesmo apesar da redução do preço do gasóleo. Mas a verdade é que nós não podemos parar e por isso mesmo vamos enviar os navios para tentar dar a volta à situação difícil que o País atravessa e, ao mesmo tempo, dar emprego a estas pessoas", sublinha Silva Vieira.
Meio ano depois, o armador mostra-se satisfeito por cumprir a promessa feita aos pescadores.