Novo espaço, que é inaugurado este sábado, permitiu reencontrar documentos que nunca tinham sido analisados. 200 mil negativos digitalizados guardam memória de famílias da cidade de Braga.
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Criado em 2020, no primeiro confinamento geral devido à pandemia de covid-19, o mural de azulejos intitulado “Sunra”, do artista Francisco Vidal, foi, sem qualquer objetivo para tal, premonitório. Dedicado ao deus Sol, lê-se, entre coloridas figuras amórficas, “arquivo depósito de memórias”. Cinco anos depois, no local onde se encontra, à entrada da antiga escola Francisco Sanches, inaugura-se hoje o novo Arquivo Municipal de Braga, que faz da memória a principal bandeira.
A coincidência não passa disso, uma vez que a “mudança de casa” foi anunciada três anos após a obra criada, mas torna o local - um edifício na memória de infância de muitos bracarenses e há cerca de uma década fechado - mais significativo. “Foi na preparação para a abertura, a limpar o mural, que percebemos o que estava escrito, como se tivesse sido sempre o destino traçado”, explica Porfírio Correia, chefe de divisão do Arquivo Municipal.