<p>A antiga fábrica de papel do Casal, bem perto do centro da cidade de Ovar, vai transformar-se numa escola de artes e ofícios. O estudo prévio está pronto e aprovado pela Câmara. A ideia é não deixar morrer o património cultural das origens do concelho.</p>
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Situada a cerca de 200 metros a sul da biblioteca municipal e do Centro de Artes de Ovar, na margem do rio Cáster, a antiga fábrica de papel do Casal, adquirida pela Câmara o ano passado por 125 mil euros, vai dar lugar a uma escola. A uma escola de artes e ofícios intimamente ligados às origens do concelho, como o foram a tanoaria, a agricultura, a tecelagem e até mesmo a própria indústria do papel.
O estudo prévio já foi concluído e aprovado por unanimidade na última reunião do executivo camarário. E o que diz o estudo é que o edifício será preservado e recuperado e o seu interior irá ser pontuado por novas áreas, começando por uma recepção, uma sala de exposição permanente e uma sala polivalente. Tratando-se de uma escola não poderão faltar, claro está, salas de ateliês, serviços educativos, uma sala de reuniões, um centro de documentação e uma biblioteca.
Novidade é o facto de ali vir a ficar instalado também o Ateliê de Conservação e Restauro do Azulejo, actualmente situado junto ao edifício dos Paços do Concelho. Na antiga fábrica, o ateliê terá, não só uma área de trabalho e gabinete, mas também lugar para um banco do azulejo.
O projecto na sua totalidade insere-se no programa de Regeneração Urbana do concelho que tem por missão preservar memórias do património cultural do concelho, não só material, mas também imaterial, no qual se insere profissões agora quase desaparecidas de Ovar como a tanoaria e a tecelagem, entre outras.