Exposição do projeto Paralaxe em Vila Nova de Gaia dá a conhecer o resultado de mais uma residência em que a criatividade se cruza com a ciência. Abre no sábado e prolonga-se até 9 de julho.
Corpo do artigo
"Sobre o céu não sabemos nada" é a proposta que o projeto Paralaxe apresenta a partir de sábado, no Observatório Astronómico de Gaia. Segunda iniciativa dinamizada fora de locais convencionais por três alunas da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, a exposição é o resultado das residências artísticas que decorreram nos vários espaços do observatório, entre fevereiro e março.
"Interessa-nos o cruzamento de arte e ciência, sobretudo com espaços de investigação ativa que não tenham uma programação cultural permanente", explica ao JN Carolina Grilo Santos, do projeto Paralaxe, aludindo à escolha do observatório. Depois de um primeiro trabalho desenvolvido no Instituto Geofísico (Serra do Pilar), a nova proposta congrega mais artistas e ocupa praticamente todas as estruturas, além das zonas exteriores.
Pretendendo "criar uma experiência que estabelecesse uma analogia com a observação do espaço", Carlos Mensil idealizou uma instalação em que uma gota fosforescente desce por um tubo até se expandir como uma nuvem. Por seu turno, Juliana Campos ocupa uma boa parte do exterior com uma grelha que, embora possa ser percorrida pelo visitante, só é totalmente visível a partir do céu.
Entre as propostas estão ainda a lona de Beatriz Sarmento, com silhuetas que têm origem em movimentos da própria artista, ou o sol em tons de verde, que Bruno Silva transpôs para um espelho a partir de imagens de arquivo.
Com entrada gratuita, a exposição abre no sábado, às 17 horas, e fica patente até 9 de julho. Pode ser vista às quintas e sextas-feiras, das 14 às 17, mediante marcação prévia através do email info.paralaxe@gmail.com.
No dia 17 de junho abre na Galeria do Sol, no Porto, uma outra exposição relacionada com o projeto. Será acompanhada pelo lançamento de sete jornais alusivos às residências no observatório.