O Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde de Baião está sem médico. Os bombeiros que operam no concelho - Baião e Santa Marinha do Zêzere - receberam instruções para não encaminhar os doentes para o SAP.
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Contactado pelo JN, fonte do Centro de Saúde, confirmou que desde as 14 horas que não há médico.
"Inicialmente não havia médico em escala mas, entretanto, a empresa que gere a colocação de clínicos na unidade conseguiu que um profissional se apresente ao serviço o mais tardar às 18 horas", acrescentou a fonte.
Durante este período, a alternativa é a urgência do Padre Américo, em Penafiel, mas com o transporte às custas do utente.
O Serviço Nacional de Saúde só paga o transporte se a urgência for validada pelo CODU - Centro de Orientação de Doentes Urgentes, caso contrário, mesmo que sejam os bombeiros a fazer o transporte, o doente tem de pagar a deslocação da ambulância cujo preço de tabela é de 51 cêntimos por quilómetro.
O concelho de Baião tem lugares que distam do Hospital Padre Américo (Penafiel) entre os 50 e os 70 km.
"Se um habitante tiver uma dor de barriga, ou num braço e entender que quer ser visto por um médico, mas o 112 na triagem telefónica entender que não é caso para acionar o transporte, diz-nos a nós bombeiros que é serviço de táxi", explicou ao JN, José Costa, comandante dos bombeiros de Baião.