O presidente da Câmara de Espinho, Pinto Moreira, considera "inaceitável" a situação a que "o Governo deixou chegar o Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia-Espinho". O autarca fala em "forças ocultas" interessadas em colocar em causa o centro hospitalar.
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"Parece que há forças ocultas e movidas por interesses insondáveis que pretendem desvalorizar e secundarizar o Centro Hospitalar, que serve um universo de 350 mil utentes nestes dois concelhos da Área Metropolitana do Porto", afirmou o autarca.
Pinto Moreira lamenta que o Centro Hospitalar tenha ficado de fora dos dez hospitais contemplados com 90 milhões de euros de investimento e mostra preocupação com a ausência de parte dos elementos do Conselho de Administração e "a inoperância que esta situação implica".
O autarca deu voz aos problemas que nos últimos dias têm sido tornados públicos, referindo que "há setores como o da enfermagem a funcionar nos limites, obrigando ao cancelamento de tempos operatórios", em várias especialidades.
Referiu ainda que "ninguém consegue explicar o ponto de situação da obra iniciada e da Fase C do Hospital, anunciada com pompa e circunstância pelos responsáveis governamentais".
Para o presidente da Câmara Municipal, o Centro Hospitalar "tem um corpo clínico e serviços médicos de excelência em várias especialidades" e "presta um inestimável e insubstituível serviço público de saúde à população do concelho de Espinho". Motivos que levam o autarca a apelar ao primeiro-ministro, ao ministro das Finanças e à ministra da Saúde para que "olhem para o Centro Hospitalar como um hospital indispensável para 700 mil pessoas, a sul do Douro e oriundas sobretudo dos concelhos de Gaia e Espinho".