Autarcas de Bragança revoltados com suspensão de campanha de vacinação contra a gripe
Os presidentes de junta das freguesias do concelho de Bragança estão revoltados com a suspensão da campanha de vacinação contra a gripe no concelho na segunda e na terça-feira.
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Os autarcas foram avisados na madrugada de domingo, cerca das 1.30 horas, por e-mail, que a deslocação a várias aldeias não seria feita nos dias 26 e 27 de outubro o que estará relacionado com rutura de stoks.
Nuno Diz, autarca do Parâmio eleito pelo PS, confirmou que a informação que receberam do Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) suspende a vacinação nestes dois dias, apesar de estar marcada em várias freguesias do concelho de Bragança, como Parâmio, Espinhosela, Rebordãos, Nogueira, Quintanilha, Paradinha Nova e Calvelhe, entre outras aldeias do concelho de Bragança. "É extremamente incómodo as pessoas estarem a prever levar a vacina, com tudo marcado, e à última da hora serem avisados que não poderá acontecer. Esta situação provoca grande ansiedade, sobretudo no mais idosos, sobretudo, no ano em que estamos com todos os problemas associados à covid-19", explicou o autarca que lamenta que a ULS "não tenha emitido um comunicado público a avisar a população".
Nuno Diz espera que o problema se resolva rapidamente e nem quer pensar num cenário em que as vacinas demorem muito além deste adiamento ou que não haverá vacinas. "Foi muito mau não avisarem atempadamente até porque os utentes são pessoas de idade avançada e ficam nervosas", acrescentou.
Também o presidente da junta de freguesia de Rebordãos, Adriano Rodrigues, recebeu um e-mail semelhante e não está nada satisfeito. Na localidade cerca de 70 pessoas tinham marcado a vacinação na aldeia. "Algumas pessoas podiam ter levado a vacina no centro de saúde e acabaram por escolher a vacinação aqui na aldeia para agora acontecer esta situação. Isto é uma vergonha. Eu tenho andado de porta em porta a avisar as pessoas que afinal hoje não vai ser assim", referiu o autarca.
O autarca de Bragança, Hernâni Dias, foi informado pelos presidentes de junta da situação e sabe que estará relacionada com ruturas de stock no mercado, mas remete as explicações e esclarecimentos para a ULSNE.
O Jornal de Notícias procurou informação junto da ULSNE, através de um pedido por escrito, mas até ao momento ainda não obteve resposta.