Associação que apoia autistas nasceu há 40 anos da força de uma mãe. Há dezenas de pedidos em espera.
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Costuma dizer-se que uma mulher, depois de ser mãe, ganha uma força extra capaz de mover uma montanha. Precisamente o que fez Ana Maria Gonçalves, quando há 40 anos fundou a Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo - Norte (APPDA-Norte). Na altura, foi a necessidade de encontrar "respostas que não existiam" para o filho David, com um diagnóstico de autismo, que a fez correr o mundo.
Em Gaia, onde vive, conseguiu erguer a associação, em 1981, com a ajuda da Câmara (que cedeu o terreno) e de algumas instituições privadas - como o Rotary Club, o Lions e a Fundação Calouste Gulbenkian -, começando a funcionar três anos depois num pré-fabricado, ainda como Centro de Dia do Monte da Virgem, num terreno ao lado das atuais instalações. O projeto arrancou com dez crianças com idades entre os 10 e os 16 anos. Nessa altura, David ganhou uma segunda casa e a mãe também.