A Autoridade das Condições de Trabalho e o Serviço de Estrangeiros e Fronteiros iniciaram uma fiscalização ao armazém, sem condições de habitabilidade, que alberga cerca de 50 operários das obras do centro de dados da Portugal Telecom, na Covilhã.
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Elementos das duas entidades estiveram no local entre as 19.45 horas e as 20.10 horas e encontraram apenas dois trabalhadores que mudavam objetos pessoais e outros materiais para uma viatura, alegadamente com destino a outros locais onde os trabalhadores estarão a ser realojados.
No entanto, os elementos das equipas de fiscalização, acompanhados pela GNR, travaram as mudanças "até que a fiscalização esteja concluída", referiu um dos elementos à agência Lusa.
Os mesmos elementos da Autoridade das Condições de Trabalho (ACT) e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiros (SEF) deslocaram-se depois do armazém, na zona industrial do Tortosendo, para o local da obra, a cerca de sete quilómetros, com vista a identificar os restantes trabalhadores que habitam no pavilhão e que ainda se encontravam a trabalhar.
A equipa da ACT avaliou as condições do local de alojamento dos trabalhadores, enquanto o SEF averigua a situação de permanência em território português, sendo que os respetivos elementos remeteram eventuais informações para sexta-feira.
O armazém em causa dá guarida aos operários desde meados de maio, sem água, nem condições sanitárias e com um frágil fornecimento de eletricidade.