Festival dos canais apela à vivência do espaço público.
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Móveis de sala, em segunda mão, estão espalhados pela Praça da República, em Aveiro. Ao centro, um bar e cabina de som, construídos com “lixo” recuperado nos serviços municipais e no ecocentro. Nas traseiras do Museu Santa Joana, o piso passou a ser de areia. Foi ali instalada uma praia artificial, que apela a banhos de sol, acompanhados por uma bebida gelada. É assim, desde ontem, que a cidade está a viver o festival dos canais, que dura até domingo. Há o convite claro para que o espaço público seja aproveitado para encontros entre amigos e para abraços. Pelo meio, 52 espetáculos de várias vertentes artísticas, que farão um total de 111 apresentações.
A VIC - Aveiro Arts House é responsável pela curadoria da “Sala de eSTAR”, na Praça da República, e da “Funky Beach”, nas traseiras do museu. “São dois espaços essenciais do festival e são sítios onde as pessoas vêm encontrar-se. No primeiro, à tarde, a música é mais para relaxar e, à noite, para dançar. No segundo, haverá música mais tropical e também concertos. Há uma aposta em tornar o espaço público mais habitável”, revela Vasco Branco, da VIC.