As termas das Caldas da Rainha vão estar encerradas 30 dias na sequência de análises que detectaram a presença de uma bactéria nas águas.
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A decisão, anunciada pelo Conselho de Administração do Centro Hospitalar Oeste Norte, decorre do resultado das análises de controlo de qualidade da água mineral natural que detectaram a presença da bactéria Legionella em dois pontos do percurso de água que serve o Hospital Termal. As análises foram realizadas dia 18 de Junho mas os resultados só foram conhecidos na passada segunda-feira.
Apesar de em diversos pontos do interior do hospital onde foram também realizadas análises "o resultado para a presença da referida bactéria ter sido negativo", por uma questão preventiva e de resolução da situação detectada, procedeu-se ao encerramento das respectivas instalações", informa o Conselho de Administração em comunicado.
A suspensão é referente apenas à actividade termal, mantendo-se em funcionamento as restantes valências do Hospital Termal.
O Conselho de Administração garante no documento que irá proceder "a uma intervenção específica de desinfecção à globalidade do sistema de canalização de águas do hospital".
As autoridades de saúde locais e regionais foram informadas do encerramento que se prevê prolongar-se por um mês, estando a trabalhar no sentido de acompanhamento dos utentes do Hospital Termal.
O encerramento do Hospital Termal levou, na noite de segunda-feira, todos os partidos com a assento na Assembleia Municipal das Caldas da Rainha a manifestarem-se preocupados.
O socialista Jorge Sobral disponibilizou-se mesmo para "fazer chegar esta preocupação ao Governo" e "tentar averiguar da disponibilidade económica para fazer a alteração da canalização desde a nascente até ao hospital".
O Hospital Termal das Caldas da Rainha já em 2005 esteve encerrado, durante sete meses, devido ao aparecimento da bactéria da legionella no sector de inalações.
Nessa altura foram efectuados trabalhos de adaptação das canalizações aos choques térmicos (desinfecções com água a 120 graus) que, em caso do surgimento de novas bactérias, impediriam a contaminação de todo o sistema e o consequente encerramento dos tratamentos.