Quando é necessário prestar assistência a um cão ou a um gato envenenado, a primeira reação pode ser tentar provocar o vómito. Essa é, no entanto, uma ideia errada e que vai contra aquilo que dizem os manuais, porque pode ser ainda mais prejudicial. Sempre que acontece uma emergência desse tipo, um dos melhores aliados é o carvão ativado, para ajudar a evitar a completa absorção das toxinas pelo organismo do animal, que deve ser encaminhado rapidamente para um veterinário.
Corpo do artigo
Este foi um dos casos concretos abordados, ontem, em Braga, numa ação de formação em "primeiros socorros" a animais realizada no quartel dos Bombeiros Sapadores e que juntou também operacionais dos Bombeiros Voluntários de Braga e da GNR.
Ministrada por dois elementos da Associação Portuguesa de Busca e Salvamento, a formação incidiu em diversos temas, como manobras de reanimação ou procedimentos mais imediatos a adotar em casos de atropelamento, engasgamento ou de hemorragia. "Aquilo que se pretende é transmitir algumas técnicas que nos permitam atuar num contexto pré-hospitalar para que tenhamos uma taxa de socorro mais elevada", explicou o formador Pedro Batista.
Um animal por dia
O vereador do Ambiente da Câmara de Braga, Altino Bessa, sublinhou que, em média, é socorrido um animal por dia no concelho, o que "diz bem da importância" deste tipo de iniciativa. O autarca considera que a aposta na formação é "fundamental" para que os operacionais estejam "cada vez mais aptos" e preparados para responder a situações de emergência animal.
"Queremos ter os nossos elementos com formação e dotados das ferramentas e dos equipamentos necessários para poderem fazer o seu trabalho", destacou. Segundo Altino Bessa, na próxima semana decorrerá uma nova formação, que envolverá mais entidades. "Teremos a presença da PSP, da Polícia Municipal, de associações de defesa animal, do serviço veterinário e do Centro de Recolha Oficial", adiantou o vereador.
O serviço de socorro animal de Braga está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, sendo assegurado pelos Bombeiros Sapadores, que têm uma viatura específica para o efeito. O projeto funciona em articulação com as autoridades policiais e a veterinária municipal. Depois de recolhidos e assistidos com os "primeiros socorros", os animais são encaminhados para hospitais veterinários do concelho.