Bombeiros celebram cem anos com as contas no verde. É difícil recrutar pessoal. Quartel precisa de obras.
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Quando, em maio de 2017, Maria João Martinho tomou posse como presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Portuenses, a instituição corria o risco de fechar, com salários em atraso e dívidas acumuladas. A corporação, que hoje celebra 100 anos, vive agora dias diferentes, mas continua a enfrentar dificuldades. Com um quartel em más condições, precisa de casa nova e todos os meses é obrigada a recusar 200 serviços por falta de pessoal.
Com um orçamento anual na ordem dos 1,2 milhões de euros, os Portuenses fazem cerca de mil serviços por mês (700 são de emergência médica). Mas não conseguem responder a todas as solicitações. O comandante, António Tavares, explica que a corporação tem 60 operacionais (metade são voluntários), mas que "seria preciso o dobro". No entanto, cada vez é mais difícil encontrar quem queira ingressar na corporação, problema que se estende a várias associações do país.