Bragança já tem capacidade para produzir 1,7 milhões de máscaras de proteção individual por mês graças à entrada em funcionamento de uma fábrica aberta há poucas semanas pelo veterinário e empresário Luís Afonso, presidente da Assembleia Municipal de Bragança.
Corpo do artigo
A unidade, localizada na zona industrial, pode produzir 1,2 milhões de máscaras cirúrgicas e 500 mil unidades das máscaras FFP2 por mês. "Podemos fazer 120 máscaras cirúrgicas por minuto, cerca de 60 mil por dia só durante um turno", explicou Luís Afonso.
O projeto, que implicou um investimento de cerca de 650 mil euros, com financiamento de 497 mil euros do Norte 2020, ao abrigo das medidas covid-19, está a dar os primeiros passos, mas o empresário já está em contactos para avançar para a exportação.
O empresário já dispunha de um pavilhão na zona industrial de Bragança da sua clínica NovaVet que reconverteu para instalar a fábrica, que arrancou com quatro funcionários. Investiu em equipamento moderno e quer diferenciar-se das demais no país e na Europa.
"Através da qualidade do equipamento com maquinaria certificada, e do ambiente, com uma sala com produção "limpa", em ambiente farmacêutica, com qualidade de ar número 8. Uma sala isolada, com antecâmaras de entrada e saída, é uma sala hermética que não permite partículas em suspensão. Nem sei se haverá mais alguma na Península Ibérica e há poucas na Europa", descreveu Luís Afonso.
Uma das apostas é a utilização de matéria-prima europeia. "As fábricas foram produzidas em Itália, o material, que não é tecido, é adquirido em Itália, o fio metálico vem de Espanha, e as caixas onde são embaladas são portuguesas", descreveu o empresário, sublinhando que "há muita procura de máscaras".