Os utentes da A41 decidiram organizar um buzinão na tarde desta segunda-feira, na rotunda de Alfena, em Valongo, para pedir o acelerar das obras que vão restabelecer a circulação na autoestrada A41 e a suspensão das portagens.
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O trânsito está parcialmente cortado desde um deslizamento de terras, a 13 de fevereiro.
A previsão da Ascendi, concessionária da A41, é que a empreitada fique concluída até ao fim de Junho, mas os utentes dizem que não podem esperar tanto para voltar a usufruir da via. A A41 continua cortada no sentido Alfena - Aeroporto, enquanto no sentido inverso a circulação se faz apenas por uma faixa.
Naquele que foi o primeiro protesto de uma comissão de utentes da A41, o porta-voz, Nicolau Ferreira explicou aos jornalistas os condicionamentos. "Eu já cheguei a demorar uma hora e meia até ao Porto, quando por aqui demorava 15 minutos, com trânsito. Toda a gente está a ser prejudicada". "Nós temos todo o direito de exigir que a obra se faça rapidamente. Se não for com dez operários, faz-se com 20. Se não for com 20, faz-se com 30. Eles têm que lá pôr pessoas a trabalhar para resolver o problema", reclamou.
Além da rápida conclusão das obras, os utentes querem deixar de pagar portagens até que a circulação seja restabelecida.
O Presidente da Câmara Municipal de Valongo esteve também no protesto e admite partir para a via judicial contra a concessionária da autoestrada, uma ação que será concertada com a autarquia da Maia. José Manuel Ribeiro havia sugerido a criação de uma ponte militar para contornar o problema, o que não foi acatado por "razões técnicas", explicou ao JN. Sobre as portagens, referiu: "Fiz um pedido para a Infraestruturas de Portugal, no dia 2 de março, e ainda não obtive resposta. É uma vergonha. Por isso este protesto é justo".
O autarca acrescentou ainda: "Acredito que se aqui vivesse um administrador da Ascendi isto andava mais rápido. Tenho quase essa sensação. É a minha impressão. Não tenho nenhum receio de a afirmar".