O cadáver do homem que ficou soterrado após o desabamento das paredes de um poço, no sábado, em Ponte do Areal, Lousã, só foi resgatado na manhã de ontem, domingo.
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Crê-se que José Alberto Videira, de 37 anos, estaria a tratar da manutenção do motor de bombagem da água quando uma peça caiu no interior do poço. A vítima terá descido para recuperá-la, perto das 17 horas e as paredes cederam. O corpo só foi retirado cerca de 16 horas depois. Fonte dos Bombeiros Voluntários da Lousã confirmou, ao JN, que o cadáver só foi localizado por volta das 7.45 horas de ontem, e resgatado às 9.20. Estava mesmo no fundo do poço - uma estrutura antiga, com paredes em pedra -, a cerca de 12 metros de profundidade (e não 22, como, inicialmente, se previa).
De acordo com a mesma fonte, a operação de resgate foi demorada e complexa, porque todas as tentativas de descer ao poço foram frustradas - "as paredes estavam muito instáveis" -, tendo sido necessário abrir uma escavação, no exterior, para alcançar a vítima.
O acidente mobilizou uma equipa de resgate de grande ângulo dos Bombeiros Sapadores de Coimbra, composta por cinco pessoas, bem como 26 elementos dos Bombeiros Voluntários da Lousã. No local estiveram, ainda, três retroescavadoras e duas escavadoras giratórias.
O JN apurou que José Alberto Videira, familiar do proprietário do terreno, residia na localidade de Cômoros, na Lousã. Deixa mulher e uma filha.