Confrontado com as críticas por parte de moradores do Bairro de Santa Filomena, e dos ativistas de associçaões cívicas, que, na manhã desta sexta feira, estiveram em protesto na Câmara da Amadora, Joaquim Raposo, presidente da autarquia, garantiu ao JN que não nenhum caso de pessoas inscritas no PER (Plano Especial de Realojamento), cuja habitação tenha sido demolida sem que tenha sido encontrada alternativa.
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"As demolições programadas vão continuar e os realojamentos dos moradores inscritos no PER igualmente nos moldes previstos. Para os que não estão inscritos no programa, as situações serão analisadas caso a caso, de forma a se encontrar a melhor solução", referiu ao JN Joaquim Raposo.
Já Carla Tavares, vereadora com o pelouro da Habitação, garantiu ao JN que a Câmara não parte para nenhuma demolição sem que antes os agregados familiares sejam atendidos e todas as soluções de realojamento equiacionadas.
Relativamente ao protesto de hoje, presidente e vereadora afirmaram que "nunca esteve prevista qualquer demolição para esta sexta feira".
O Bairro de Santa Fiolmena, em pleno centro da Amadora, é um aglomerado de génese ilegal habitado, sobretudo, por imigrantes caboverdianos. No âmbito do programa de erradicação de barracas em curso, a Câmara da Amadora já procedeu à demolição de 192 construções no bairro.
Segundo dados da Câmara da Amadora, existem atualmente 251 construções, que correspondem a 158 agregados inscritos no PER e 93 em ocupação ilegal. Até setembro de 2012 foram encontradas (pela CMA) alternativas habitacionais para 180 famílias: 59 realojamento e 121 por programas habitacionais.
A autarquia está a custear na íntegra os processos de realojamento no concelho